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Dermatite Atópica (Eczema): Sintomas, causas e tratamentos completos

31 de janeiro de 2025

A dermatite atópica, também conhecida como eczema, é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada por episódios de inflamação, coceira intensa, ressecamento, vermelhidão e lesões na pele. Embora seja mais comum em crianças, ela pode persistir na vida adulta ou até se manifestar pela primeira vez em idade mais avançada.

Vamos conferir suas causas, sintomas, diagnósticos e opções de tratamento para ajudar no controle da dermatite atópica.

O que é a Dermatite Atópica?

A dermatite atópica é uma doença de pele crônica, frequentemente relacionada a uma resposta imunológica exagerada do organismo a fatores externos, como alérgenos ou agentes irritantes. Essa condição pode causar grandes desconfortos, principalmente devido à coceira intensa, que leva a um ciclo de inflamação e danos na pele. Com o tempo, a barreira cutânea da pessoa afetada se torna mais vulnerável, permitindo que substâncias prejudiciais, como poluentes e microorganismos, penetrem na pele com mais facilidade.

O termo "atópica" refere-se à tendência genética de algumas pessoas a desenvolver reações alérgicas, como rinite alérgica, asma e conjuntivite. Portanto, indivíduos com histórico familiar dessas condições possuem maior risco de desenvolver dermatite atópica.

Sintomas da Dermatite Atópica

Os sintomas da dermatite atópica podem variar bastante de uma pessoa para outra, mas os sinais mais comuns incluem:


  • Coceira intensa (prurido): Este é o sintoma mais característico. A coceira é frequentemente debilitante, especialmente à noite, e pode levar ao ato de coçar repetidamente a pele, o que pode piorar as lesões e a inflamação.
  • Vermelhidão e inflamação: A pele fica avermelhada, inflamada e pode apresentar manchas que se tornam mais visíveis com o tempo, especialmente durante um surto.
  • Ressecamento e escamação: A pele perde sua capacidade de manter a hidratação, resultando em áreas secas, ásperas e com escamas. A pele pode começar a rachar e sangrar, aumentando o risco de infecções.
  • Lesões e crostas: O ato de coçar pode causar feridas abertas que, ao secar, formam crostas. Essas lesões podem ser ainda mais propensas a infecções bacterianas, como a causada pela bactéria Staphylococcus aureus.
  • Espessamento da pele (liquenificação): Após episódios contínuos de coceira e inflamação, as áreas afetadas podem se tornar mais espessas e enrugadas, o que é conhecido como liquenificação

.

As áreas mais comuns de surgimento da dermatite atópica incluem os cotovelos, joelhos, pescoço, mãos, pés e face. Nos adultos, também é comum que a condição se manifeste em locais como as palmas das mãos e nas pálpebras.

Principais causas e fatores de risco

Embora a dermatite atópica tenha uma base genética, o seu desenvolvimento é influenciado por uma série de fatores ambientais e imunológicos. Os principais fatores de risco são:


  • Fatores genéticos: A história familiar de doenças alérgicas, como asma, rinite alérgica e dermatite atópica, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença. O risco é ainda maior se ambos os pais forem afetados.


  • Defeito na barreira cutânea: É frequentemente associada a um defeito na barreira da pele, o que torna a derme mais permeável a substâncias irritantes, alérgenos e microorganismos. Isso contribui para o aumento da inflamação e da perda de hidratação.


  • Alterações no sistema imunológico: Em pessoas com dermatite atópica, o sistema imunológico tende a reagir exageradamente a substâncias externas, resultando em inflamação crônica na pele.


  • Fatores ambientais: Agentes irritantes, como produtos de limpeza agressivos, sabonetes com fragrância, mudanças climáticas, pólen, ácaros, pelos de animais e poluentes, podem agravar ou desencadear surtos de dermatite atópica. O estresse emocional também pode ter um impacto negativo na condição.


  • Infecções: Bactérias e fungos podem desencadear ou piorar os sintomas.

Tratamentos disponíveis

Embora não exista uma cura definitiva, há diversos tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O tratamento é personalizado, dependendo da gravidade e da localização das lesões.


  • Cuidados com a Pele (Hidratação e Proteção): Uso de cremes e loções emolientes para restaurar a barreira cutânea, e banhos rápidos com água morna e sabonetes neutros.


  • Corticosteroides Tópicos: Medicamentos anti-inflamatórios para controlar surtos, sempre com orientação médica.


  • Imunomoduladores Tópicos: Tacrolimus e pimecrolimus são opções para reduzir a inflamação sem os efeitos colaterais dos corticosteroides.


  • Antibióticos e Antifúngicos: Indicados em casos de infecções secundárias.


  • Tratamentos Sistêmicos: Uso de imunossupressores, como ciclosporina e metotrexato, para casos graves.



  • Fototerapia: Exposição controlada à luz ultravioleta (UV) para ajudar a reduzir a inflamação.

Cuidados diários e prevenção

  • Evitar fatores desencadeantes, como produtos irritantes e tecidos sintéticos.
  • Controlar o estresse através de atividades relaxantes.
  • Manter a higiene adequada e o uso diário de hidratantes.
  • Evitar coçar as lesões para prevenir infecções e cicatrizes.

Avanços no tratamento da Dermatite Atópica

Embora a dermatite atópica ainda não tenha cura, os tratamentos disponíveis evoluíram consideravelmente nos últimos anos. A medicina avançou, principalmente em relação ao controle da inflamação e da coceira, além de oferecer alternativas menos agressivas à pele.

Confira as opções mais eficazes de tratamento:


  • Imunomoduladores Tópicos e Terapias Biológicas

Nos últimos anos, as terapias biológicas emergiram como uma revolução no tratamento da dermatite atópica. Medicamentos como dupilumabe (Dupixent) e tralokinumabe (Adtralza), que atuam especificamente na via inflamatória do sistema imunológico, têm mostrado resultados promissores, especialmente em casos moderados a graves. Esses medicamentos bloqueiam moléculas envolvidas na inflamação da pele, proporcionando alívio duradouro dos sintomas.


  • Corticosteroides de Nova Geração

Embora os corticosteroides tópicos continuem sendo uma escolha comum, a ênfase em tratamentos de baixa potência e a utilização de novos corticosteroides tópicos, mais eficazes e com menos efeitos colaterais, está em alta. Medicamentos de ação prolongada e com menor risco de atrofia da pele oferecem mais segurança para tratamentos prolongados.


  • Cremes e Pomadas de Base Lipídica (Emolientes)

A hidratação da pele continua sendo o pilar fundamental. Em 2025, novos emolientes mais eficazes, com compostos avançados e formulações que ajudam a restaurar a função de barreira da pele, estão sendo mais frequentemente utilizados. A combinação de hidratação intensiva com substâncias anti-inflamatórias está se mostrando eficaz para reduzir surtos.


  • Tratamentos Sistêmicos e Imunossupressores

Medicamentos imunossupressores, como ciclosporina e metotrexato, continuam sendo opções para os casos mais graves. No entanto, o foco atual está em tratamentos mais direcionados e com menos efeitos colaterais.


  • Fototerapia

A fototerapia continua sendo uma opção eficaz, especialmente para casos mais graves ou que não respondem bem aos tratamentos tópicos. A fototerapia com luz UVB, aliada ao uso de dispositivos de fototerapia domiciliar, tem se mostrado cada vez mais eficaz.



  • Consulte um médico dermatologista para encontrar o melhor tratamento para você!


A dermatite atópica é uma condição crônica, mas com os avanços contínuos no tratamento e manejo, 2025 promete ser um ano em que os pacientes terão mais opções para controlar e aliviar os sintomas. Inovações como terapias biológicas e tratamentos de última geração têm proporcionado melhorias significativas no controle da doença, tornando possível uma vida mais confortável e com menos surtos.


Se você ou alguém que você conhece está sofrendo de dermatite atópica, é fundamental procurar um dermatologista para avaliação e orientação sobre o melhor tratamento. Com o acompanhamento adequado e as novas opções de terapias, é possível viver bem, mesmo com a doença.

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